A praia fluvial do Agroal, em Ourém, foi evacuada esta tarde, revelou ao JN David Lobato, comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém. O incêndio teve início às 15.25 horas na povoação de Casal Ribeiro, freguesia de Rio de Couros.
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Quatro horas mais tarde, estavam envolvidos no combate 321 bombeiros dos distritos de Santarém e de Leiria e da Força Especial de Bombeiros, apoiados por 87 veículos e três meios aéreos, que irão desmobilizar ao pôr-do-sol, explicou ao JN David Lobato. Chegaram a estar no terreno três helicópteros e quatro aviões alfa.
A "defesa perimétrica" das habitações continuava a ser a prioridade, para salvaguardar pessoas e bens, tendo em conta a proximidade das chamas. Até às 19.20 horas, não tinha ardido nenhuma casa.
A aguardar reforço de meios provenientes de Portalegre, Coimbra, Aveiro e Viseu, David Lobato disse ao JN que "talvez durante a noite ou amanhã de manhã o incêndio esteja debelado".
"Muito preocupado" com a situação, Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, identificou ao JN as povoações de Sandoeira, Soalheira e Carvalhal, na freguesia de Rio de Couros, como as mais afetadas.
"Há várias frentes ativas e muitas casas metidas no meio da floresta", explicou o autarca. "A evolução é difícil de prever. Vai depender da humidade e do vento", afirmou. A população também se mobilizou para ajudar os bombeiros, na tentativa de travar as chamas.
Durante a tarde, o calor intenso e o "vento moderado a forte" estavam a dificultar as operações de combate na freguesia de Ourém, localizada numa zona florestal próxima da que ardeu há duas semanas.
"Em linha reta, estamos a falar de oito quilómetros", garantiu David Lobato, pois o fogo "foi fazendo várias projeções".
Fonte do CDOS de Santarém acrescentou que o incêndio causou dois feridos leves, na aldeia de Casal Ribeiro, que não quiseram ser assistidos no hospital. "A situação está bastante complicada."
Casas em risco em Mafra
Com duas frentes ativas na localidade de Avessada, o incêndio de Mafra estava a ameaçar "habitações dispersas", adiantou ao JN Nuno Coroa, comandante de permanência às operações do CDOS de Lisboa.
Por volta das 17 horas, estavam envolvidos no combate às chamas 258 homens, apoiados por seis meios aéreos e 70 veículos. "O reforço de meios deveu-se à evolução do incêndio", justificou Nuno Coroa.
Duas horas mais tarde, já se encontravam no terreno 352 operacionais dos distritos de Lisboa e Setúbal, apoiados por 95 veículos e quatro meios aéreos. "Não ardeu nenhuma habitação, nem há feridos", assegurou Nuno Coroa.
Por volta das 19.10 horas, um outro incêndio florestal, em Alenquer, estava a ser combatido por 117 bombeiros, das mesmas corporações, com o apoio de 31 viaturas e quatro meios aéreos.