"Precisamos de chegar aos 20 a 30 mil voluntários" na Jornada, diz Américo Aguiar
O bispo-auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, disse, esta tarde de quinta-feira, que já estão a trabalhar, na Jornada Mundial da Juventude, 600 pessoas, mas não são suficientes. "Precisamos de chegar aos 20 a 30 mil voluntários", referiu no almoço-debate "Jovens sonhadores, lutadores e poetas", no hotel Sheraton, em Lisboa.
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A cinco meses da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará na primeira semana de agosto em Lisboa, D. Américo Aguiar pediu ajuda às empresas na captação de mais voluntários para a preparação do evento católico. "Já estão a trabalhar mais de 600 pessoas, entre voluntários e pessoas a full-time, e precisamos de chegar aos 20 a 30 mil voluntários. Uma das maneiras de nos ajudarem é que as pessoas das empresas e instituições possam ser voluntárias e trabalhar na jornada", disse no almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal.
O bispo auxiliar de Lisboa apelou ainda à audiência do almoço-debate para "acolher os jovens em casa". "Façam o favor de lá em casa, se na sala existirem dois metros quadrados no chão, de acolher os jovens, que já trazem saco-cama. Só são precisos dois metros quadrados, casa de banho e pequeno-almoço. Têm de acolher pelo menos dois. Não tenham medo, tenham coragem, será uma experiência única nas vidas deles e também nas nossas vidas", assegurou, acrescentando que "a experiência mais positiva que os jovens apontam nos relatórios das Jornadas é terem vivido uma semana com uma família estrangeira".
O bispo-auxiliar de Lisboa revelou ainda que já se inscreveram na Jornada Mundial da Juventude 527 mil jovens, dos quais 300 mil chegam a Portugal na semana anterior ao evento. "Vão estar espalhados por todo o país, incluindo ilhas. Naquela semana de julho, vamos ter dezenas de milhares de jovens a percorrer todas as grandes artérias do país para chegarem a Lisboa", afirmou.
"Precisamos da ajuda de todos"
A Jornada Mundial da Juventude tem gerado polémica por causa dos gastos públicos avultados, ao contrário de países como Espanha, e, por isso, Américo Aguiar apelou ainda ao apoio financeiro das empresas.
"A Igreja espanhola chamou sete ou oito CEO do PSI20 e cada um deu os seus milhões e pagaram tudo. Eu não tenho esses CEO, nem temos a disponibilidade financeira e económica que tem a Espanha. E, portanto, precisamos da ajuda de todos. Não tenham vergonha, nem complexos de apoiar este evento. Não é um evento religioso", disse Américo Aguiar, acrescentando que "é preciso a ajuda de todos".
"Algumas grandes empresas portuguesas disseram-me na cara que não apoiavam o evento porque era tóxico, era religioso. Assim não vamos lá e, por isso, eu peço-vos encarecidamente, aos que puderem, porque com o pouquinho de muitos havemos de fazer aquilo que é necessário para acolhermos a juventude do mundo inteiro", concluiu.