Os militares da GNR e agentes da PSP em situação de reserva ou na reforma foram convidados a realizar tarefas de segurança e proteção civil na Jornada Mundial da Juventude para colmatar a limitação de recursos públicos.
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As funções não serão remuneradas e será dada preferência aos que residam na Área Metropolitana de Lisboa, por não necessitarem de alojamento. Os que residam fora desta zona deverão encontrar, eles próprios, alojamento junto de familiares ou amigos.
O convite surgiu numa missiva em género de convite difundida pelo Comando Nacional da GNR aos militares em situação de reserva ou na reforma que são convidados. O JN sabe que o mesmo aconteceu com a PSP. Os interessados "nesta nobre missão de servir o outro", como se lê no documento, devem fazer saber da sua disponibilidade até ao final deste mês de março.
Na missiva lê-se que "a JMJ elaborou um desenho de estrutura operacional de apoio na área de proteção e segurança civil, baseado em voluntários possuidores de conhecimentos especializados em matéria de segurança e proteção civil para apoiar as milhares de pessoas que se irão deslocar a Lisboa. Assim, considerando a limitação de recursos públicos, constitui uma mais-valia a participação voluntária de militares em situação de reserva ou na reforma que queiram abraçar esta nobre missão de servir o outro".
Contactado pelo JN, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, explicou que os convites endereçados aos militares aposentados ou na reserva surgiu da própria organização da Jornada Mundial da Juventude, tendo-se a GNR limitado a difundi-los.
"Certamente que a organização da Jornada percebeu que iria precisar de mais gente para participar na segurança no evento e pediram voluntários. É demonstrativo que a GNR não tem efetivo suficiente para eventos desta envergadura, uma vez que as férias e folgas já foram condicionadas", disse César Nogueira.