
Foto: Ludovic Marin/AFP
O primeiro-ministro reagiu à greve geral da CGTP e da UGT, à saída da reunião do Conselho de Ministros, afirmando que o país "está a trabalhar" e que a parte que faz greve "é minoritária".
"O país está a trabalhar e há uma parte do país que está a exercer o legítimo direito à greve. A parte que está a exercer legítimo direito à greve é a parte minoritária, a parte largamente maioritária está a trabalhar e nós estamos também a trabalhar", afirmou Luís Montenegro, numa curta declaração aos jornalistas.
O chefe de Estado estava acompanhado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria Rosário da Palma Ramalho, que subscreve a proposta de mais de 100 alterações à Legislação Laboral que está na base da greve geral.
Na prática, as declarações de Luís Montenegro corroboram as de António Leitão Amaro que, a meio da reunião do Conselho de Ministros, deu uma conferência de imprensa para comentar a greve. "A adesão é inexpressiva", concluiu o ministro da Presidência. Estas declarações levaram Eurico Brilhante Dias a criticar Leitão Amaro, afirmando que o ministro "não vive neste país".
Da mesma forma, as declarações do Governo contrastam com as da CGTP, que contabiliza em "pelo menos três milhões" o número de trabalhadores grevistas, anunciou Tiago Oliveira, secretário-geral. A população ativa em Portugal, segundo os números do INE referentes a outubro deste ano, era de 5,6 milhões.

