Para fazer face ao excesso de médicos dentistas, o bastonário da Ordem defende um corte no número de vagas e não descarta o fecho de “algumas escolas de Medicina Dentária”. Das sete faculdades que formam médicos dentistas no nosso país, quatro são privadas. E absorvem oito em cada dez destes estudantes.
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Contactado pelo JN após afirmar à SIC que “é necessário fechar algumas escolas de Medicina Dentária”, Miguel Pavão esclareceu tratar-se de uma opinião pessoal que não reflete a posição da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). E que o importante é fazer uma reflexão séria sobre o “número avassalador” de dentistas no mercado, “que não servem o país e que estão a ser drenados para o estrangeiro”.
As declarações à estação televisiva surpreenderam o ex-presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Ao JN, Alberto Amaral avançou dados que revelam um desequilíbrio entre a oferta formativa pública e privada. Números que, vinca, “mostram de forma muito clara que o grande excesso de médicos dentistas se deve muito mais ao ensino privado do que ao ensino público”.