Contratação de espaços continua em alta, apesar da subida generalizada de preços.
Corpo do artigo
Muitos centros de explicações, do Norte ao Sul do país, já retomaram a procura que tinham antes da pandemia. Desde o início de setembro, antes do começo das aulas - que acontece entre esta semana e a próxima -, uma parte dos alunos começou a frequentar esses espaços, essencialmente para rever conteúdos. Principalmente, as crianças e adolescentes do 1.º, do 2.º e do 3.º ciclo. Alguns do Secundário já estão a recorrer a explicações para iniciar a preparação dos exames nacionais.
"Já retomámos a procura que tínhamos. E setembro é sempre um bom mês. Há pais que gostam de apostar nas explicações logo desde o início", confirma, ao JN, José Carlos Ramos, diretor de franchising da Explicolândia, que tem um total de oito unidades. "No ano passado, intensificaram-se as lacunas na aprendizagem, devido aos dois anos de pandemia, e, como os exames nacionais têm muito peso, os alunos do Secundário também querem começar logo com explicações".
Contratar transporte
O cenário altera-se consoante os centros de explicações e o tipo de serviços que oferecem (só explicações ou, também, ocupação de tempos livres e estudo acompanhado). Mas há um ponto comum: em todos, em setembro, há muita procura. "Já voltámos aos níveis pré-pandemia", assegura, também, Elizabete Almeida, diretora pedagógica do Smart Study, em Aveiro, onde muitos alunos já estão a ter acompanhamento. "Fazemos um trabalho diferenciado. Não somos um depósito de crianças". O Smart Study trabalha com empresas de transporte e, garante, "há muitos pais a requisitar esses serviços". Assim como no Centro de Estudos de São Bernardo, na mesma cidade, onde "ainda há vagas para transporte, mas poucas". Segundo a proprietária Cândida Barros, as vidas profissionais dos pais a isso obrigam. "Este ano, muitos optaram por trabalhar na época de verão. Por isso, até abri um campo de férias que teve muita aceitação. E esses alunos transitaram para setembro", concretiza.
A subida dos preços é generalizada a nível nacional, mas nem todos os centros de explicações seguem o exemplo. "Para não sobrecarregar mais as famílias", Cândida Barros optou por não mexer nas tarifas. Elizabete Almeida aguarda até janeiro para os "pais terem uma folga, adaptarem-se e ver se o mercado estabiliza".
