A plataforma que reúne nove organizações sindicais de professores já pondera greves durante os exames nacionais. A possibilidade foi admitida esta quinta-feira pelo líder da Fenprof à entrada da reunião com o ministro da Educação.
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Governo e organizações voltaram hoje a reunir sobre a proposta que pretende mitigar as assimetrias na carreira decorrentes do congelamento. Os sindicatos criticam a proposta em cima da mesa por defenderem que cria mais assimetrias, exclui a maioria dos docentes e não prevê a recuperação de um único dia de serviço.
"Não tem pés nem cabeça", afirmou Mário Nogueira. A adesão às greves distritais que decorrem desde segunda-feira (hoje em Viana do Castelo) "têm sido sempre superiores a 80%". E se hoje o ministro insistir nas mesmas propostas "amanhã em Setúbal vai aumentar ainda mais", prevê Nogueira.
O secretário-geral da Fenprof garante que os professores não vão desistir da recuperação do tempo de serviço. As greves distritais terminam a 12 de maio. Entre o fim destes protestos e a greve a 6 de junho (6/6/23 que simboliza o tempo por recuperar: 6 anos, 6 meses e 23 dias) podem da reunião, o l ser convocados novas ações. E além da greve às avaliações finais - abrangidas pelos serviços mínimos - também "já há quem defenda greves aos exames", admitiu Nogueira. As organizações já começam, aliás, a avaliar protestos para o arranque do próximo ano letivo.
À saída da reunião, o coordenador do S.TO.P. defendeu que as medidas em cima da mesa continuam a ser "claramente insuficientes" para um entendimento que suspenda as greves. O S.TO.P. tem greves agendadas para a próxima semana (26, 27 e 28 de abril) e entregou novo pré-aviso de greve a partir de 5 de maio.