Projeto-piloto para rastreio do cancro do pulmão avança no Porto e Cascais
Iniciativa permitirá fazer um diagnóstico precoce da doença que mata, em média, 12 pessoas por dia em Portugal.
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O Governo vai avançar com dois projetos piloto de rastreio ao cancro do pulmão, no Porto e em Cascais, correspondendo aos pedidos de quem lida de perto com a doença, pois permitirá a deteção precoce. A doença mata, em média, 12 pessoas por dia. No ano de 2023 foram 4490 mortes, o valor mais elevado desde 2002. Os tratamentos têm vindo a tornar-se mais personalizados, mas ainda há muito a fazer. Nesta sexta-feira assinala-se o Dia Mundial do Cancro do Pulmão.
"É mesmo urgente que o rastreio avance. É uma doença com um prognóstico muito mau e esta é a única forma de diminuirmos a incidência em estádios mais avançados e conseguirmos diagnosticar mais precocemente a doença. E com isso salvarmos vidas", defende António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santo António. Neste momento, em Portugal, "é-se reativo". Só quando "os doentes aparecem com sintomas ou, por algum motivo, fizeram um exame aos pulmões, é que são diagnosticados", pelo que a maior parte são detetados já em estádios avançados", acrescenta. A literatura aponta que o rastreio pode levar a um aumento no número de diagnósticos precoces e, consequentemente, reduzir a mortalidade em cerca de 20%.