As mães, “as falhas” do Governo da AD na área da Saúde e “o legado da economia a cair” deixado por Luís Montenegro deram mote ao discurso de Pedro Nuno Santos, este domingo, em Viana do Castelo, num almoço de militantes, que assinalou o arranque da campanha.
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O líder socialista prometeu que com o PS a governar haverá "urgências abertas" para cuidar das futuras mães de Portugal. E acusou o líder da AD, de deixar como “legado”, uma “economia a cair”.
“Luis Montenegro, aquilo que dizia há uma semana, acho que agora já não pode dizer. Dizia que a situação económica em Portugal estava bem. Os portugueses ainda não estão a sentir na plenitude, mas aquilo que nós sabemos ao dia de hoje, desde sexta-feira pelo menos, é que a economia portuguesa já não está a crescer”, frisou, referindo que “no primeiro trimestre deste ano, a economia caiu”, o que significa que “as empresas venderam menos, faturaram menos, e, quando as empresas começam a vender menos, começamos a ter problemas. E os problemas começam nas empresas e seguem para os trabalhadores”.
Durante a manhã, numa arruada em Ponte de Lima, e em declarações aos jornalistas, tinha acusado Luís Montenegro de “trumpização”, pela forma sorridente como anunciou a expulsão de imigrantes, e o que considerou ser uma tentativa da AD de captar o eleitorado do Chega. Pouco depois, no arranque do almoço em Viana, optou por focar o Dia da Mãe, saudando todas as mulheres e mães, alfinetando a oposição.
“Uma palavra de confiança sobretudo às mulheres grávidas que estão para ser mães e que vivem com insegurança e angustia sem saber se, num determinado fim de semana, vão ter os serviços de urgência disponíveis para as receber e para cuidar delas”, declarou, sublinhando: “neste partido acreditamos no SNS e cuidaremos do SNS para que nenhuma mulher grávida se sinta insegura e angustia perante serviços encerrados“. “Um bem haja às mulheres do nosso país”, disse.
O "investimento no estado social”, para beneficiar mulheres, crianças e os mais velhos, e as diferenças de políticas “para todos” do PS e da AD dominaram o discurso.
“Os maiores avanços em matéria de igualdade entre homens e mulheres foram com governos do PS. Nunca será com governos da AD. No PS as mulheres lideram, encabeçam listas como em Viana do Castelo, com a Marina Gonçalves”, declarou, continuando: “Ao contrário daquilo que acontece com outros partidos à direita, aqui os homens são suficientemente seguros, não se sentem inseguros porque as mulheres lideram ou ocupam um lugar que foi sempre seu por direito na sociedade. Aqui nós fazemos o caminho ao lado das mulheres”.
Pedro Nuno Santos piscou o olho ao eleitorado do círculo eleitoral de Viana do Castelo, lembrando que a recente eliminação das portagens no pórtico de Neiva na A28 se deve ao PS. E repisou argumentos, acusando Luis Montenegro de ser responsável pela crise política que ditou o ato eleitoral de 18 de maio, e também de “falta de transparência” na relação com os portugueses, no “engodo” dos reembolsos do IRS.
“Ainda ontem num comício no Porto uma senhora veio ter comigo, Maria Camélia, e fez questão de me mostrar a folha da Autoridade Tributária, que dizia quanto é que ela tinha que pagar. Dizia-me que não sabia como é que havia de pagar 860 euros de IRS”, declarou, continuando que Camélia “achou que tinham baixado muito os impostos no ano passado e que agora descobriu que tem que pagar aquilo que tinha recebido”.
“É por isso que a seriedade de um líder é importante, porque na realidade reflete na forma como o seu Governo e a sua equipa se relacionam com os portugueses. Temos um líder político a governar Portugal que não é sério, mas sobretudo temos um Governo que não é sério na relação com os portugueses”, disse.