Os deputados do PS formalizam sexta-feira um pedido de auditoria ao Novo Banco pelo Tribunal de Contas, que irão entregar na Comissão de Orçamento e Finanças para agilizar o processo. O objetivo é permitir que se avance com uma auditoria suplementar e o PS tenta assim responder às exigências de vários partidos, como o BE que faz finca-pé nas negociações do Orçamento do Estado.
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O deputado socialista Fernando Anastácio confirmou esta quinta-feira ao JN que o pedido de uma auditoria pública por parte do Tribunal de Contas será entregue naquela comissão, à luz da lei de enquadramento orçamental, que possibilita a realização de uma auditoria suplementar. Isto para além das duas auditorias ordinárias já pedidas que o Parlamento pode solicitar por ano, explicou ainda o socialista. Além disso, adiantou que será alargado o âmbito da auditoria da Deloitte até 31 de dezembro de 2019.
"Ao abrigo dessa possibilidade legal, vamos entregar o pedido na Comissão de Orçamento e Finanças esta sexta-feira", afirmou o deputado do PS. A comissão irá depois deliberar de modo a que o pedido possa seguir do Parlamento para o Tribunal de Contas, uma vez que esta auditoria pública tem sido defendida por vários partidos, da Direita à Esquerda. "Não vejo que seja motivo de querela ou divisão", afirmou a propósito.
Aliás, quando as negociações com o Bloco de Esquerda estão num impasse, o PS procura assim responder a uma das exigências de Catarina Martins, que quarta-feira à noite declarou na RTP1 que há intransigência do Governo no Novo Banco, exigindo "uma investigação" antes de mais injeções de capital. Porém, o BE quer garantias de que não há nova injeção antes de se conhecerem os resultados da auditoria.
Fonte da bancada explicou, entretanto, que o PS pretende que a auditoria pública possa avançar antes da injeção de capital prevista, o que por regra ocorre em maio. Tendo em conta que também por norma o Tribunal de Contas pode levar um ano a realizar a auditoria, os socialistas não querem esperar por janeiro para fazer o pedido.