O ex-membro do Governo Regional de Alberto João Jardim, Francisco Santos, acusou António Costa de uma cruzada contra a Madeira, por cobrar juros "agiotas" pelo resgate financeiro da região, em 2012.
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No congresso do PSD, em Lisboa, aquele ex-secretário Regional da Educação da Madeira classificou de "agiota" o Governo de António Costa, por se recusar a diminuir os juros de 3,375% que o Estado cobra à ilha pelo empréstimo de 1500 milhões de euros - que serviu para fazer face ao "buraco nas contas" detetado em setembro de 2011, em resultado de ocultação de dívida.
Segundo Francisco Santos, o Estado está a financiar-se a juros mais baixos. Se o atual Governo estendesse o valor ao empréstimo concedido em 2012, pelo Executivo de Passos Coelho, iria verificar-se "12 milhões de euros de redução em encargos anuais". Por agora, o que se verifica - disse - é um "agiotismo do Estado português".
"É importante que todo o PSD saiba o que António Costa faz à Madeira", apelou o madeirense na reunião magna dos social-democratas.
A redução dos juros do resgate da Madeira há muito que é uma luta consensual pelas forças políticas na Assembleia Regional da Madeira.
Esta semana a Madeira voltou a estar na ordem do dia, quando António Costa lamentou, no debate quinzenal, que a gestão do presidente do Governo Regional tenha sido uma "desagradável surpresa" em 2017, tendo em conta que as contas madeirenses penalizaram em 0,1% o défice do setor público administrativo do Estado.
A aproximação das eleições regionais, a ocorrer no início do próximo ano, está a colocar a Madeira na ordem do dia, já que se mantém como um bastião social-democrata no país.