PSD e Livre encontraram-se para um debate onde se discutiram "dois modelos de sociedade completamente diferentes", nas palavras de Rui Rio. O líder social-democrata explicou de que forma irá financiar a redução de impostos que propõe, acusando o PS de "gastar tudo" e o seu adversário de ontem de querer nivelar os salários "por baixo". Rui Tavares, do Livre, disse temer ver o PSD "encostado à extrema-direita".
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"Um voto no PSD leva-nos a uma encruzilhada", afirmou Rui Tavares. "Não sabemos com quem o PSD pretende governar: se com a extrema-direita - mesmo por apoio tácito - se com CDS e IL, se com o PS", referiu o dirigente do Livre.
Em resposta, Rui Rio considerou que Livre e PS são "partidos irmãos", alegando que o debate entre essas forças foi uma "conversa de amigos" que provou que o PS está "cada vez mais encostado à Esquerda". O líder laranja voltou a desafiar António Costa a "viabilizar a governabilidade" caso não chegue à maioria absoluta, para que o país não ande "de eleições em eleições".
Rio também explicou de que forma pretende descer impostos. "A nossa estimativa é termos mais 17,3 mil milhões de euros em receitas em 2023". Perto de 2 mil milhões dessa receita - ou seja, 11,5% - darão uma folga suficiente para cumprir essa promessa, referiu.
Já Rui Tavares considerou que não se deve "pôr o carro à frente dos bois" e que a descida de impostos deve ser "consequência" do desenvolvimento. O Livre quer pôr o salário mínimo nos 1000 euros, algo que, para Rio, leva a que se nivele "por baixo" os restantes vencimentos.