Partido Social-Democrata insta ministro da Saúde a esclarecer objetivos e impactos da medida.
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A Comissão Política Concelhia do PSD Porto quer que o ministro da Saúde explique quais os objetivos e o alcance das projetadas Unidades Locais de Saúde (ULS) São João e ULS Santo António. Em comunicado, vincam que uma "decisão" como aquela, "que é da maior importância para os cidadãos do Porto, não deve ser tomada no segredo e na opacidade de um qualquer gabinete".
Assim, o PSD Porto quer saber "quais os objetivos" da tutela com a criação daquelas ULS e seu impacto nos cidadãos. Bem como saber "que evidências dispõe o Ministério da Saúde, nomeadamente quanto aos resultados das ULS já existentes, que a eventual criação de novas ULS irá aumentar o acesso e/ou a qualidade dos cuidados de saúde prestados".
No comunicado enviado à Imprensa, alertam, ainda, que o novo modelo "surge antes de se concluir a municipalização dos serviços". Temendo que a "criação destas organizações ainda maiores, mais complexas e que abrangem um leque de prestação de cuidados de saúde muito diversificado, com origem e objetivos distintos, possa ser de tal forma ingerível que, o que hoje ainda funciona, deixe de funcionar por incapacidade de decisão". Lembrando que "o conselho de administração do São João gere um orçamento de 501 milhões de euros e mais de 6600 profissionais e o do Santo António gere um orçamento de 412 milhões e mais de 4700 profissionais".
Também a Direção Regional do Porto do PCP alerta que a "decisão é tomada sem que se tenha feito nenhum balanço sério das ULS anteriormente criadas".