Durante as operações de segurança rodoviária, entre os dias 27 e 30 de março, a PSP e a GNR fiscalizaram no continente e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores 43 212 veículos, tendo registado 11 306 infrações, das quais 793 devido ao uso do telemóvel durante a condução.
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Os resultados constam do balanço da campanha "Ao volante, o telemóvel pode esperar", conhecido esta sexta-feira, uma iniciativa sobre as consequências do uso do telemóvel ao volante, desenvolvida pelas forças de segurança e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2023.
Durante os quatro dias, as forças de segurança registaram 1393 acidentes, dos quais resultaram três vítimas mortais, 13 feridos graves e 391 feridos leves. Em comparação com o mesmo período no ano passado, contabilizaram-se mais 190 acidentes, mais duas vítimas mortais, menos 11 feridos graves e mais cinco feridos leves, informou a PSP.
Quanto às vítimas mortais, a PSP apontou que são todos homens com idades entre os 19 e os 54 anos. Os sinistros resultaram de despistes que ocorreram nos distritos de Viana do Castelo, Aveiro e Lisboa. "Todos estes acidentes foram despistes, envolvendo 3 veículos ligeiros, e, num dos casos, com subsequente colisão com um velocípede. Um dos despistes ocorreu numa estrada municipal e os outros dois em arruamentos", pode ler-se na nota enviada às redações.
No âmbito da campanha a ANSR realizou quatro ações de sensibilização em Leiria, Bragança, Peso da Régua e Guarda, nas quais participaram 389 condutores e passageiros. As ações incidiram em mensagens como "a utilização do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente e provoca um aumento no tempo de reação a situações imprevistas superior ao efeito de uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l", "a distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação" e "o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões".