Várias universidades têm canais ativos de denúncias, mas muitas são arquivadas ou continuam em análise. Relatório de comissão independente apresentado esta quarta-feira.
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Várias universidades ouvidas pelo JN têm ferramentas de denúncia para casos de assédio sexual, moral e discriminação. As queixas são residuais e muitos processos não têm seguimento. Alguns por falta de prova. A comissão independente do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, criada para averiguar as acusações de mulheres contra o sociólogo Boaventura de Sousa Santos e outros membros do centro, apresenta hoje um relatório.
Em abril, o capítulo “As paredes falaram quando mais ninguém o faria”, publicado pela editora académica Routledge, lançou a polémica. Três mulheres investigadoras, não identificadas à data, acusaram dois membros do CES de condutas sexuais inapropriadas. As características permitiram concluir que se tratavam de Boaventura de Sousa Santos e do investigador Bruno Sena Martins. Mais mulheres se juntaram ao coro de denunciantes, como a deputada brasileira Bella Gonçalves e a ativista argentina Moira Millán. Os dois homens negaram e suspenderam os cargos no CES.