Cientistas britânicos da University College London utilizaram a realidade virtual para tratar pacientes com depressão. Os resultados foram significativos.
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No novo método de terapia, os pacientes são projetados numa realidade virtual, encarnando primeiro um avatar adulto e depois o de uma criança.
Depois de colocarem auscultadores, os doentes veem uma projeção de um avatar adulto, que recria os seus movimentos corporais. Depois, um segundo avatar aparece, o de uma criança a chorar, e é-lhes pedido que exprimam compaixão, para consolar a criança.
Os pacientes pedem, então, à criança que lembre momentos felizes e pessoas que ame. É neste momento da experiência que os papéis se invertem. Os doentes em tratamento passam a "encarnar" a criança e ouvem as frases de compaixão que antes disseram.
O objetivo principal é ajudar as pessoas "a terem mais compaixão por elas próprias e serem menos autocríticas", explicou o investigador e professor Chris Brewin.
A experiência foi feita com 15 pessoas, dez mulheres e cinco homens, todas elas a serem tratadas por depressão, com a faixa etária entre 23 os 61 anos.
Nove dos pacientes reduziram os níveis de depressão após um mês da experiência e quatro desses nove tiveram "uma descida significativa na severidade da depressão". Os restantes não experimentaram qualquer mudança.
O estudo foi publicado pelo "British Journal of Psychiatry Open" e financiado pelo "Medical Research Council".