Em nove dias foram realizadas seis mil dádivas. Hospitais precisam de até mil unidades por dia. Situação está "controlada", assegura instituto.
Corpo do artigo
Entre 29 de janeiro e 6 de fevereiro inscreveram-se 7500 pessoas para doar sangue, em três centros do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), o que resultou em cerca de seis mil dádivas. Esta quarta-feira, a reserva estratégica estava "estável e a situação controlada", disse fonte do IPST ao JN.
"Foi hoje [9 de fevereiro] atingido o nível de alerta verde para todos os grupos sanguíneos, de acordo com o Plano de Contingência para a Reserva Estratégica Nacional de Sangue", precisou o instituto.
Apesar da saída do ponto crítico, o IPST relembra que "os hospitais portugueses necessitam entre 800 a 1000 unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias", existindo um tempo limitado de armazenamento desses componentes. O das plaquetas é entre cinco a sete dias, por exemplo.
14553615
De recordar que, durante vários dias de janeiro, o instituto apelou à dádiva de sangue. As doações baixaram devido ao aumento de pessoas infetadas com SARS-CoV-2 ou em isolamento por contacto de risco. Também as infeções respiratórias, como a gripe, levaram menos dadores aos centros. "Os períodos mais críticos foram os meses de janeiro de 2021 e de 2022", adiantou fonte do IPST.
Mais dádivas
O ano passado registou um aumento de 7,8% nas dádivas de sangue relativamente a 2020. Mesmo face a 2019, houve um crescimento de 1,7%. "No final de 2021, associado ao aumento da colheita, verificou-se um aumento da distribuição dos componentes para os hospitais, provavelmente relacionado com um aumento da atividade assistencial", acrescenta o organismo.
O IPST é responsável por 60% da colheita de sangue realizada em Portugal, estando o restante a cargo de outros 27 serviços.