Revista de Imprensa: Perícia a várias operações do antigo BES vai custar mais de 100 mil euros aos contribuintes
Onze anos depois, a queda do Banco Espírito Santo continua a fazer mossa na bolsa dos portugueses. Desta vez, serão mais 100 mil euros por uma perícia financeira a várias operações do antigo banco, a juntar aos 300 mil já gastos em outras tantas perícias, segundo avança esta quarta-feira o "Correio da Manhã".
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O custo de uma perícia financeira a várias operações do antigo Banco Espírito Santo (BES), pedida pelo tribunal que está a julgar o caso BES, já ultrapassou os 300 mil euros, montante que será pago pelos contribuintes. Depois de o tribunal ter adjudicado o trabalho à Mazars por 233 mil euros, o Ministério Público fez saber que irá nomear um consultor privado da Deloitte, pagando-lhe 104 mil euros (85 mil + IVA). De acordo com um requerimento, os procuradores do MP alegaram que, "não obstante os esforços desenvolvidos, não foi possível encontrar", dentro da sua estrutura, "quem possa ser indicado e aceite desempenhar" a função de consultor na perícia às operações financeiras realizadas pelo BES, as quais terão estado na base da queda do banco, em 2014.
Médicos do SNS já fizeram 2,4 milhões de horas extras e despesa disparou
No espaço de quatro meses, de janeiro a maio de 2025, diminuiu o número de horas extraordinárias realizadas pelos médicos do SNS, face ao mesmo período de 2024, passando de 2.636.275 para 2.493.908 horas, em contrapartida, aumentaram as horas realizadas por médicos que não são do SNS e que prestam serviços, sendo pagos à tarefa, passando de 2.015.805 para 2.365.803, com a despesa a aumentar 5,6% no primeiro caso e 21,9% no segundo, de acordo com o "Diário de Notícias". Sindicatos da classe e administradores dos hospitais consideram que estes "são números brutais" e reforçam que quer as horas extra, quer a prestação de serviços, que deveriam ser pontuais, "passaram a integrar o sistema".
Com saída de professores, "há CPCJ com dezenas de processos sem gestor"
Se os agrupamentos escolares não colocarem representantes para substituir os professores que saíram, as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens ponderam inundar os tribunais com processos de promoção e proteção dos menores, avança o Público. São menos 500 técnicos designados pelas entidades para as CPCJ do que no ano passado, com as estruturais regionais a tentarem resolver o problema com o recurso a pessoas com "especial relevância e conhecimento na matéria de infância ou juventude ou pela formação específica". Segundo o jornal, o ministério mudou as regras e a decisão agora é dos diretores e o critério é a disponibilidade dos professores.
Peso da garantia do Estado na compra de casa é maior fora dos grandes centros urbanos
O número de contratos de crédito para compra de habitação própria e permanente ao abrigo da garantia do Estado, no período entre janeiro e julho, ascendeu a 13200, envolvendo 2,5 mil milhões de euros, um terço da garantia disponibilizada, segundo os dados do Banco de Portugal. Estes números correspondem a 38,7% e a 41% do total de contratos e de crédito contratualizados por jovens com idade até 35 anos. O peso dos empréstimos neste universo é significativamente maior em regiões menos densamente povoadas, ou fora dos grandes centros urbanos, o que mostra que a medida está a ser usada em todas as regiões do país. É no Alto Alentejo (com 56,16%), no Baixo Alentejo (52,65%) e na Beira Baixa (51,88%) que se verifica o maior peso dos imóveis comprados ao abrigo da garantia pública, enquanto a Grande Lisboa fica-se por 32,32%, com um dos menores pesos, apenas suplantado pela Região Autónoma da Madeira, com 31,91%.
Governo mexe na Estamo antes de apostar na habitação
O ministro das Finanças escolheu o juiz Ricardo de Oliveira e Sousa, até recentemente vice-presidente da secção de Contencioso Administrativo do Tribunal Central Administrativo Norte, para liderar a Estamo, empresa pública que gere o património público, numa deliberação assinada a 1 de setembro, revela o "Negócios". Além do juiz, assume também funções Nelson Roda Inácio, até aqui subdiretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), e Cristina Carvalho, com funções não executivas, acumulando com o cargo de administradora executiva da Parpública. Uma tarefa em que a Estamo terá particular responsabilidade é em acelerar a disponibilização de imóveis do Estado para habitação acessível.