Direção Regional de Cultura termina intervenções em setembro e quer reforçar aposta no turismo histórico-cultural.
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A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) termina, em setembro, as obras de requalificação dos sete templos religiosos que integram a Rota das Catedrais do Norte. O investimento de 2,3 milhões de euros, repartido com as entidades eclesiásticas, abrange intervenções na Sé do Porto, Sé de Braga, Sé de Lamego, Concatedral de Miranda do Douro, Sé de Vila Real, Sé de Viana do Castelo e Catedral de Bragança. A maioria das obras está em fase de conclusão, pois o objetivo é aproveitar a crescente tendência da aposta dos portugueses no turismo nacional, motivada pela pandemia que desaconselha viagens internacionais. "Pretende-se reforçar a posição da Região Norte como um destino de excelência e autenticidade histórico-cultural de âmbito nacional e internacional", defende Laura Castro, diretora regional de Cultura do Norte.
A operação financeira resulta de uma candidatura ao Norte 2020 cuja conclusão "está prevista para o próximo mês de setembro", acrescenta. Graças a esta operação, a Sé de Braga viu nascer um projeto de acessibilidade à visita cultural para o ordenamento do claustro e espaços adjacentes, bem como uma intervenção na Galilé, a remodelação do batistério, da pia batismal e do espólio de azulejos. No Porto, a Sé teve um reforço da escadaria de Nicolau Nasoni, viu restauradas as caixas dos dois órgãos, o retábulo da capela-mor, as respetivas esculturas e o vitral do transepto sul.
Em Lamego, foi restaurada a fachada da igreja e da torre, bem como do património integrado do coro alto: cadeiral, pintura do espaldar, estante de coro, balaustrada, baldaquino e sanefas. Na Concatedral de Miranda do Douro, as ruínas do Paço Episcopal ganharam uma estrutura de acolhimento aos visitantes, ao mesmo tempo que foi restaurado o retábulo do altar de Nossa Senhora dos Remédios, adjacente à capela-mor.
Órgão em Bragança
Na Sé de Vila Real, a intervenção centrou-se na requalificação do espaço envolvente, ao passo que na Catedral de Bragança foi instalado um órgão que representou um investimento de cerca de meio milhão de euros. Por fim, na Sé de Viana do Castelo foi reabilitada a ala sul e restaurado o órgão positivo existente no coro alto.
Com as obras da Rota das Catedrais na reta final, a DRCN tem em curso uma campanha de promoção de destinos histórico-culturais no Norte, tendo como "polo relevante e singular o património cultural de matriz religiosa e urbana, configurado nas sés e catedrais", destaca a diretora regional de cultura.
A promoção e valorização dos recursos patrimoniais alia-se ainda às novas tendências de turismo de saúde e bem-estar e turismo de natureza, que são produtos existentes nas cidades que albergam as sés e catedrais e permitem que os turistas, nacionais ou estrangeiros, desfrutem de experiências diversificadas.