Depois do alerta para os níveis baixos de reservas de sangue, com uma queda de quase 9% das colheitas em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) diz ter havido uma ligeira recuperação, mas ainda regista menos 7800 dádivas em 2020 por comparação com o ano de 2019.
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O IPST já reforçou a convocatória de dadores através de mensagens via SMS no sentido de sensibilizar para a dádiva.
As reservas de sangue dos grupos O e A positivos eram aquelas em situação mais crítica. Mas depois do apelo, revela o IPST, "os portugueses responderam num espírito de solidariedade ímpar com todos aqueles que necessitam de sangue e componentes sanguíneos".
Em outubro, em comparação com o mesmo mês de 2019, o IPST registava uma quebra de quase 9% nas dádivas, e recuperou para uma diminuição de 5,8%. Ainda não é o ideal. "Neste momento, não só há uma redução das unidades colhidas, em relação ao período homólogo de 2019, como o consumo de componentes sanguíneos tem vindo a aumentar, devido à recuperação da atividade não urgente nos hospitais", ressalva o IPST, que avisa que "é imprescindível continuar a tratar todos os doentes e para isso é necessário reforçar as dádivas de sangue".
Só em setembro e outubro deste ano, foram recebidas menos 1600 dádivas em relação aos mesmos meses de 2019. E apesar de em fevereiro, maio, junho e agosto de 2020, as dádivas até terem ultrapassado os números dos períodos homólogos, no total deste ano ainda há uma quebra de 7800 dádivas, cerca de 5,3%. Até final de outubro, registaram-se 139.401 doações.
Para ser dador de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos, pesar 50 kg ou mais e ter hábitos de vida saudável. A dádiva não demora mais de 30 minutos.