Dados apontam para quebras na distribuição na ordem dos 33 milhões de euros entre o primeiro semestre de 2018 e o de 2023.
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O maior beneficiário da receita líquida dos jogos sociais explorados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) - a Segurança Social - recebeu menos dinheiro nos primeiros seis meses deste ano, quando comparado com o ano passado. O cenário piora se a comparação for feita com os períodos anteriores à pandemia. No total, entre janeiro e junho de 2023, entraram cerca de 105 milhões nos cofres daquele organismo: menos 11,1 milhões do que em 2018, que teve um dos melhores primeiros semestres de vendas dos últimos anos. Com base no montante injetado na Segurança Social (SS) oriundo das vendas de jogos como o Euromilhões ou as raspadinhas, é possível estimar quebras nas receitas líquidas dos jogos a rondar os 33 milhões de euros.
As contas dos dois últimos anos da SCML ainda estão por publicar e explicar, incluindo os resultados líquidos dos jogos sociais. A ministra Ana Mendes Godinho não aprovou os relatórios de gestão e contas daqueles anos e pediu que fossem reavaliados. Esta semana, soube-se que a provedora da SCML, Ana Jorge, enviou cartas às federações desportivas a avisar que haverá cortes nos patrocínios. O Governo tem agendada para a próxima semana uma reunião com os responsáveis da instituição e, ao JN, revelou que contactou as entidades desportivas, depois de saber da revisão dos apoios.