Terá sido a secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), a embaixadora Graça Mira Gomes, a dar a ordem para que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) recuperasse o computador alegadamente roubado do Ministério das Infraestruturas.
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Segundo noticiou este domingo o DN, a embaixadora acionou o SIS no seguimento de um telefonema de um membro do gabinete do ministro João Galamba, feito ao final da tarde de 26 de abril.
No telefonema, o responsável em causa terá dito a Graça Mira Gomes que o equipamento continha infomação classificada e que, por isso, poderia comprometer o interesse nacional. Ao início da noite, a embaixadora terá contactado o diretor do SIS, Neiva da Cruz.
O alegado roubo terá sido cometido por Frederico Pinheiro, ex-adjunto de Galamba. Este entregou, entretanto, o computador, após ter sido contactado pelo SIS nesse sentido.
A Polícia Judiciária (PJ) só terá sabido do caso quando o computador já tinha sido recuperado. A Judiciária desconhecia que o SIS tinha sido informado, ao passo que o SIS assumiu que a PJ teria sido informada. Não terá havido tentativa de partilha de informações.
Na terça-feira à tarde, o Conselho de Fiscalização do SIRP, presidido pela ex-ministra socialista Constança Urbano de Sousa, será ouvido no Parlamento, à porta fechada. A Oposição queria que a audição tivesse ocorrido antes e tem acusado o PS de querer condicionar o conselho. Ainda não há data para a audição do SIS.