Rácio atual é de um psicólogo por 2500 alunos. Há instituições no Porto e em Lisboa com três meses de espera. Ordem defende aposta na prevenção e reforço do SNS.
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Potenciado pela pandemia e pela mudança de paradigma no que aos cuidados de saúde mental diz respeito, os serviços de psicologia de universidades e de politécnicos têm vindo a registar um “aumento exponencial” da procura. Existe uma média de um psicólogo por 2500 estudantes e não conseguem dar resposta. O Governo nomeou um grupo de trabalho para o ajudar a desenhar um plano de intervenção, que requer mais meios humanos, logo financiamento. E um trabalho preventivo e em rede.
Ao JN, a presidente da direção da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior (RESAPES) falta num “rácio muito aquém do desejável - o ideal seria um psicólogo por 750 alunos [e é essa a meta da Tutela], que faz com que o tempo de espera seja muito diversificado” e que, em instituições de maior dimensão, como “em Lisboa e Porto, a espera ande nos três a quatro meses”. Quando se sabe que, explica Olga Cunha, “em média, os serviços tiveram um aumento exponencial da procura, de 50% a 100%, com serviços que duplicaram o número de pedidos”.