Frente a uma praça do Terreiro do Paço cheia, André Pestana defendeu um aumento de 120 euros para todos os profissionais da Educação. A demissão de João Costa foi gritada pelos milhares que enchiam a praça.
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"Estamos fartos. Queremos viver. Queremos ser felizes agora", gritou levando a multidão ao delírio. O líder do STOP anunciou que vai pedir a transmissão publica das reuniões negociais da próxima semana. "Transparência! Transparência", responderam os manifestantes em uníssono.
André Pestana voltou a sublinhar estarem "mais de 100 mil pessoas" e o STOP ter conseguido realizar "a maior manifestação do século XXI".
No seu discurso de mais de uma hora dirigiu criticas ao ministro, aos outros sindicatos e até à Confederação Nacional de Pais, que esta semana pediu ao Governo que decrete serviços mínimos: o STOP "não se satisfaz com uma escola de depósito para os seus filhos" como a Confap, defendeu.
Pestana frisou que é essencial os profissionais da Educação manterem-se unidos e lançou um repto a outros setores para iniciarem também uma greve por tempo indeterminado, a exemplo dos funcionários judiciais, referiu.
"É necessário um sindicalismo sem amarras ao poder", sublinhou, voltando a repetir que a greve, que dura desde 9 dezembro alargada aos não docentes no inicio do mês só vai parar quando todos em luta nas escolas o decidirem.
"Desta vez ninguém vos engana, se o Costa não recuar voltamos para a semana" foi dos slogans mais entoados. André Pestana pediu a adesão a novas concentrações junto ao Ministério da Educação, durante as reuniões sindicais esta semana.