O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, apresentou, esta segunda-feira, a plataforma geospacial Geo.Anacom. A plataforma pretende criar condições para que os consumidores tomem decisões informadas relativas à rede fixa, móvel ou satélite.
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No lançamento da plataforma, Luís Alexandre Correia, diretor-geral adjunto da Anacom, esclareceu que a Geo.Anacom é uma “plataforma de conhecimento, apoio e decisão” que permite a “democratização do acesso a dados”, sendo a “primeira plataforma com todas as infraestruturas” registadas. Referiu ainda que, com este instrumento, “ninguém no país pode ignorar as situações que existem e que importam ser corrigidas”, referindo-se às centenas de “zonas brancas” no mapa da Geo.Anacom, lugares onde não há internet.
“Diria que com esta plataforma estão criadas as condições para que todos tomem as decisões, executem as ações que estão obrigados. Aliás, a Comissão Europeia, para financiar a fibra ótica, precisava precisamente de ter esta informação”, prosseguiu.
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, refere que a Geo.Anacom é o resultado de um trabalho “colaborativo” que uniu “vários membros do Governo”, “várias instituições de vários ministérios e os operadores”, o que resultou num website de “coesão social e territorial”.
Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, explica que “se queremos que Portugal seja de facto uma nação cada vez mais digital, são importantes dois elementos. O primeiro é investir e o segundo dar a conhecer esta infraestrutura digital para que todos os atores relevantes neste contexto possam tirar partido das suas vantagens”.
O secretário de Estado diz ainda que é necessário “um investimento contínuo numa conectividade que seja forte, que seja com uma grande capilaridade e que seja segura. Sem conectividade não temos comunicações, sem estas não é possível tirar partido da digitalização”. Realça ainda o “compromisso do Governo com uma aposta forte neste setor [digitalização]. É um compromisso que dá particular relevância à digitalização como instrumento essencial desta dupla estratégia de desenvolvimento e de coesão territorial do país”.
Acrescenta que a Geo.Anacom é “particularmente importante para o desenvolvimento das políticas públicas e também para desenvolver instrumentos tecnológicos como este que permitam conhecer e tornar acessível o estado de desenvolvimento destas mesmas infraestruturas, nomeadamente, através de mapas atualizados de cobertura das redes de comunicações”.