Ao nomear 19 ministros, António Costa constitui o segundo executivo com mais cargos ministeriais desde 1976, apenas superado pelo XIV Governo Constitucional, liderado por António Guterres.
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António Guterres liderou dois governos em Portugal, entre 1995 e 2002. O segundo, que arrancou a 25 de outubro de 1999, contou um número recorde de ministros. Foram 21 a que se juntou o de primeiro-ministro. Entre o atual governo e o de Guterres há até duas caras que se repetem.
A do próprio António Costa, que então assumiu a pasta da Justiça, e a de Augusto Santos Silva que, entre julho de 2001 e abril de 2002, ocupou o cargo de Ministro da Cultura. No novo governo, Santos Silva assume a pasta dos Negócios estrangeiros, cargo já ocupado no anterior governo.
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A lista que António Costa entregou, na terça-feira, a Marcelo Rebelo de Sousa contempla os 19 ministros, o que o torna o segundo maior executivo em ministérios nos últimos 17 anos, além de ser o que tem mais mulheres: oito.
Mais ministros e o dobro das mulheres
São mais dois ministros do que os 17 que António Costa apresentou aquando do primeiro governo que chefiou, em 2015. Um número que não se alterou após a última grande reformulação governamental, que aconteceu em fevereiro deste ano.
O que mais difere entre a nova composição e a anterior é mesmo o número de mulheres, que duplica. Francisca Van Dunem continua com a pasta da Justiça, Mariana Vieira da Silva com a da Presidência, Graça Fonseca com a da Cultura e Marta Temido com a da Saúde.
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Ana Mendes Godinho, que sai da secretaria de Estado e do Turismo, é a nova ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Ana Abrunhosa, até agora presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), vai ser a responsável pelo ministério da Coesão Territorial e Maria do Céu Albuquerque assume a da Agricultura. Alexandra Leitão muda-se da Educação para a Modernização do Estado e da Administração Pública e é promovida a ministra.