Apenas cerca de sete mil famílias tiveram prestações da casa congeladas, beneficiando da medida de estabilização das rendas implementada pelo anterior Governo. O ex-ministro das Fiannças, Fernando Medina, tinha apontado que a medida poderia chegar a um milhão de agregados.
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As contas, apresentadas pelo "Jornal de Negócios", dão conta que houve apenas pouco mais de sete mil pedidos aos bancos privados para que as rendas fossem congeladas entre novembro e março.
A medida que pretendia reduzir os custos com a habitação teve uma procura residual e quem aderiu trocou a taxa variável de juros pela Euribor a seis meses, com um desconto de 30%.
Os bancos que responderam ao jornal, a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Portugal e Novo Banco, indicaram a concretização de apenas 7059 pedidos de adesão. O banco público indicou que foram fixados 850 contratos; o Santander 3764; o BCP aceitou dois mil pedidos; enquanto o Novo Banco 991.
O mecanismo apresentado pelo ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, que entrou em vigor em novembro, pretendia ajudar a baixar ou a estabilizar a prestação da casa para quem tem crédito à habitação, após sucessivos aumentos das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu.
O Governo estimava que entre 900 mil a um milhão de famílias procurassem este apoio, mas os números apresentados mostram uma realidade bem diferente. Em parte, explica o mesmo jornal, porque o capital em dívida aumenta após o período de vigência da medida, o que leva as famílias que a ela recorreram a terem de pagar mais juros.