O Sindicato de Todos Os Professores (S.TO.P.) apontou, este domingo, em comunicado, que não esteve envolvido na organização do protesto ocorrido no local das cerimónias do 10 de Junho, em Peso da Régua. A organização recusa a acusação "de incitação a atitudes de teor racista" e aponta que o primeiro-ministro quer "desviar as atenções".
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"O protesto de professores que teve lugar nas comemorações do 10 de Junho, em Peso da Régua, não foi convocado pelo sindicato S.TO.P.", revelam em comunicado. A organização sindical afirma, no entanto, que os docentes que se manifestaram "exerceram o seu direito de protesto de forma livre".
O sindicato recusa "qualquer acusação de incitação a atitudes de teor racista" e lembra que os seus estatutos expressam "o repúdio da discriminação com base na raça". Em causa estão as ilustrações de António Costa, usadas por vários professores no protesto, em Peso da Régua, e que o primeiro-ministro disse, visivelmente irritado, terem um teor "racista". No desenho, o chefe de Governo é apresentado com um nariz de porco, lábios salientes e dois lápis espetados nos olhos.
"Consideramos que o primeiro-ministro António Costa pretende desviar as atenções sobre o gravíssimo problema que atinge a escola pública e que tem levado a que os seus profissionais estejam a dinamizar a maior luta de sempre na Educação", lê-se no comunicado enviado este domingo às redações.
Também a Fenprof desmarcou-se, este domingo, através de um comunicado, dos insultos e dos cartazes dirigidos ao primeiro-ministro. "Se a lutar também se está a ensinar, não se podem usar como armas o insulto e populismo. Imagens como as que foram exibidas não dignificam os professores e a sua justa luta", escrevem na mesma nota.
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