O S.TO.P. - Sindicato de Todos os Profissionais de Educação - anunciou, na manhã desta sexta-feira, uma nova marcha, em Lisboa, para o próximo dia 25. Em resposta à "contínua intransigência do Ministério da Educação e aos ataques ao direito à greve", afirmou aos jornalistas André Pestana, líder daquele movimento sindical.
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A marcha, precisou André Pestana, irá "unir o Palácio da Justiça" - "porque exigimos justiça para quem trabalha na escola pública" - "à residência do primeiro-ministro" - "porque esta equipa ministerial [da Educação] não tem ouvido as nossas apreensões", terminando na Assembleia da República.
Para o líder do S.TO.P., o objetivo do protesto é claro: "Temos que envergonhar o Governo, porque é impressionante a desconsideração que está a ter" com o setor. Prestes a entrar numa nova ronda negocial com a tutela, aquele dirigente sindical voltou a frisar que "o documento" em discussão "não responde a nenhuma das reivindicações principais", pelo que "não há negociação quando o Ministério não cede a negociar os temas centrais que estão em cima da mesa".
Sobre as declarações de António Costa, que na quinta-feira, em entrevista à TVI, descartou a reposição integral de tempo de serviço dos professores, André Pestana vincou que o impacto financeiro da medida "são amendoins, quando comparado com o usado para tapar buracos banqueiros e os milhões de euros para PPP ruinosas". O fundamental, disse, é que as verbas sejam canalizadas "para os serviços públicos que servem as populações, como a escola pública, a saúde ou a cultura".