O presidente da República afirmou que o primeiro-ministro abriu, na quinta-feira, "uma janelinha" para a resolução da situação dos professores, ao reconhecer que estes foram mais prejudicados do que outras carreiras da Função Pública. No entender de Marcelo Rebelo de Sousa, essa "luz ao fundo do túnel" poderá permitir um desfecho positivo para todos "entre o Carnaval e a Páscoa".
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Em Podence, no distrito de Bragança, o chefe de Estado salientou que, nos últimos dias, "têm sido dados passos em muitos dossiês" em matéria de Educação, dando o exemplo da questão da periodicidade dos concursos dos professores. Como tal, disse esperar que o impasse entre Governo e docentes esteja perto do final.
"Acredito que vai a caminho, não direi de uma solução perfeita, mas de uma solução que cubra um número muito elevado de problemas dos professores e que dê um sinal de esperança", afirmou Marcelo.
"Famílias, alunos, pais, professores, pessoal não docente - todos esperam que, entre o Carnaval e a Páscoa, seja possível ver luz ao fundo do túnel", insistiu o chefe de Estado. O dia de Carnaval assinala-se na próxima terça-feira (21 de fevereiro) e o domingo de Páscoa celebra-se a 9 de abril.
Marcelo considerou que António Costa deu "um passo muito importante" ao explicar, em entrevista à TVI, que é justo que os professores tenham um regime diferente de outras carreiras da Função Pública porque muitos deles foram "mais penalizados" pelo tempo de serviço perdido do que os profissionais de outros setores.
"Eu penso que ele já pensava isso, mas nunca tinha dito. A grande questão era essa", frisou o presidente.