Samuel Mesquita, motorista da Bolt, mora na no Porto mas é em Vila Nova de Gaia que tem a sua base de trabalho, porque, como destaca, prefere conduzir numa cidade com menos semáforos e mais rotundas. Garante já conhecer o concelho como a "palma da mão" e só lamenta que alguns arruamentos "deixem a desejar", por serem estreitos e construídos em paralelo.
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Mora no Porto, mas é em Vila Nova de Gaia que tem a sua base de trabalho. É lá que Samuel Mesquita, motorista TVDE da Bolt, efetua grande parte dos seus serviços diários. Um concelho extenso de área, diverso em termos de características de arruamentos, completamente diferente da vizinha cidade do outro lado do rio Douro, que tudo concentra em si como se fosse um bloco único.
"Prefiro trabalhar a partir de Gaia porque o trânsito é muito fluido comparativamente com o do Porto. Há poucos semáforos e mais rotundas, o que facilita imenso quem tem de fazer deslocações constantes dentro do concelho, como é o meu caso", descreve Samuel, acrescentado que quando vai para o Porto acontece sempre "alguma coisa". "As filas são constantes, é difícil conduzir sem interrupções", justifica.
A sua experiência, apesar de curta, permite-lhe já conhecer o concelho de Vila Nova de Gaia como as palmas das mãos. "Tem de tudo. Desde o centro, que é movimentado, até às freguesias afastadas e rurais. Há sempre serviço, seja onde for", garante.
O corte temporário do tabuleiro inferior da Ponte Luís I complica bastante porque obriga a grandes desvios
O único inconveniente são os arruamentos "por vezes estreitos e em paralelo" que ainda vão abundando em certas zonas de Gaia e obrigam a manobras apertadas. E as obras, sobretudo uma em particular. "O corte temporário do tabuleiro inferior da Ponte Luís I complica bastante porque obriga a grandes desvios", descreve.
A oportunidade para Samuel Mesquita trabalhar ao serviço de veículos TVDE surgiu há dois anos, em pleno pico da pandemia. Largou 14 anos de empregos na área da restauração, começou por experimentar fazer entregas na Uber Eats e pouco depois rendeu-se à nova profissão quando se ligou à Bolt.
"Não troco isto por nada. Tenho flexibilidade de horários, ganho mediante aquilo que trabalho, consigo gerir as minhas rotinas de forma perfeitamente autónoma", assinala.
Trabalhar durante a noite é o ideal
Samuel conduz um veículo próprio e prefere, essencialmente, ir para a estrada durante a noite, entre as 20 horas e as seis da manhã: "Há menos trânsito nesse período, o que permite andar sem grandes problemas e, assim, conseguir mais viagens".
São 500 quilómetros em cada jornada de trabalho, o que corresponde a "entre 32 e 40 serviços diários". Folga duas vezes por semana e consegue manter um ritmo que lhe permite conciliar trabalho e vida pessoal de forma equilibrada.
Regra geral, os clientes pedem-lhe trajetos que não vão muito além dos concelhos da Área Metropolitana do Porto, mas já aconteceu ter tido uma rota longa, como quando transportou um passageiro a Viana do Castelo. Por isto e por tudo o mais, este "é um trabalho para continuar por muitos anos", garante.