O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) promove amanhã, pelas 10.30 horas, a manifestação "Utentes na Rua Pela Saúde" junto ao Ministério da Saúde. Em causa está a luta pela defesa do Serviço Nacional de Saúde. Cecília Sales, dirigente do movimento, defende que o Serviço Nacional de Saúde é "uma conquista do 25 de abril" que tem de ser defendida.
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A manifestação foi motivada pelo encerramento das urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa. Cecília Sales receia que a unidade regresse a um regime de parceria público-privada, como tem vindo a ser admitido.
Fernanda Santos, 51 anos, é também membro do movimento e vai participar na manifestação. É funcionária pública na área da saúde e garante que há uma "falta gritante de médicos de família", bem como "de enfermeiros e assistentes técnicos", o que causa uma grande demora no atendimento nas urgências e um "atraso na marcação das consultas".
Fernanda Santos e Cecília Sales insistem que os problemas na área da saúde devem-se apenas a "opções políticas" dado o desinvestimento por parte do Governo, o que leva à "dificuldade em fixar médicos nos serviços públicos de saúde" que acabam por ocupar cargos em hospitais privados. Consideram ainda que "a lista de utentes dos médicos de família é excessiva".
A manifestação espera contar com a presença de profissionais da saúde que "não têm condições de trabalho" e têm "salários baixos". Cecília Sales antevê também que se reúnam cerca de 200 pessoas junto do ministério da Saúde.