O líder do Chega, André Ventura, recusou, este domingo, assumir uma posição quanto ao reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal, por defender que, primeiro, é preciso libertar reféns, acabar com corrupção e dar direitos às mulheres.
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"A nossa posição é essa. Libertem os reféns, acabem com o terrorismo, deem direitos às mulheres e cá estaremos para fazer essa conversa. Acabem com a corrupção, deixem de patrocinar o terrorismo. É assim que os estados democráticos devem fazer", defendeu.
Para André Ventura, o importante "é que o terrorismo seja combatido" e garantir-se "que Portugal está ao lado dos países mais avançados nestas matérias e alinhado com os [seus] aliados".
André Ventura falava aos jornalistas em Viseu, à chegada à Feira de São Mateus, que termina hoje a 633.ª edição, onde foi fazer campanha com os candidatos do Chega às eleições autárquicas.
"Sempre dissemos que há caminho que tem de ser feito, mas esse caminho também tem de passar para que esses reféns sejam libertados", apontou.
"Independentemente dos caminhos que têm de ser feitos, os terroristas do Hamas têm de libertar os reféns", acrescentou o também candidato presidencial.
Neste sentido, indicou que é isso que "é a posição que os melhores países e os mais avançados países do Mundo têm tido e é a posição que Portugal tem que ter".
André Ventura reforçou que, a prioridade "é exigir que entreguem esses reféns, é exigir que parem com atos de terrorismo e depois então" é que poderá responder à questão se concorda ou não com o reconhecimento do Estado da Palestina.
"Nós não reconhecemos ninguém. Vamos lá ver, nós também nunca reconhecemos o estado islâmico, não reconhecemos os países que eram dominados pelo estado islâmico, porquê? Porque eram terroristas, porque estamos a falar de terrorismo", afirmou.
André Ventura defendeu que também tem de se exigir, à outra parte, "que haja o fim ao terrorismo, ao financiamento do terrorismo, à corrupção e, sobretudo, ao sequestro e à morte de pessoas".
"É muito porreiro fazermos manifestações na rua e as pessoas não sabem o que se passa ali. Em muitos destes locais não há oposição, quem manda numa parte da Palestina são grupo de terroristas", indicou.