A líder parlamentar de "Os Verdes" mostrou-se disponível para "para entrar por uma porta de esperança para uma mudança", assumindo o voto contra a moção de rejeição de PSD/CDS-PP ao programa do XXI Governo Constitucional.
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No encerramento do segundo dia de debate, Heloísa Apolónia destacou que o documento em debate não é o programa de Governo preconizado pelos ecologistas, mas que contém convergências com os socialistas, que "vão contribuir para melhorar a vida das pessoas e, a partir daí, a vida no país".
"Será votada daqui a pouco a moção de rejeição ao programa do Governo, apresentada pelo PSD/CDS. Os Verdes contribuirão para o chumbo dessa moção, provando a nossa determinação para que as políticas promotoras de desigualdade sejam já passado e para entrar por uma porta de esperança para uma mudança, com uma predisposição séria e assumida de diálogo e de encontro de convergências, sem nunca, nunca deixar de atender aos problemas reais do país", disse.
A deputada criticou "aquela invenção manhosa do arco da governação", considerando que a mesma tinha "como propósito bipolarizar a realidade política portuguesa, entre o PS e o PSD, com o CDS agregado onde lhe desse mais jeito" para "gerar um enormíssimo equívoco que consistia na deturpação das eleições legislativas, como se delas não resultasse a eleição de 230 deputados, mas sim a eleição de um primeiro-ministro".
"Hoje, por determinação dos eleitores, que ditaram um resultado eleitoral concreto, a vida política portuguesa centra-se onde é justo, correto e democrático centrar-se, ou seja, na Assembleia da República", congratulou-se.
Relativamente às propostas políticas socialistas, Heloísa Apolónia assumiu que não se trata de "um programa que 'Os Verdes' assumiriam como o seu", embora contendo "um conjunto de medidas emergentes que, fruto das convergências para as quais também o PEV trabalhou com o PS, vão contribuir para melhorar a vida das pessoas e, a partir daí, a vida no país".