As 19 mesas de voto instaladas no pavilhão do Altice Forum Braga estão preparadas para receber 4226 pessoas ao longo deste domingo. Até às 12 horas, 985 eleitores já tinham exercido o direito de voto. Por entre elogios à organização, sublinham o “dever” que é votar.
Corpo do artigo
Esta foi, aliás, a primeira vez que Luís Vilaça, de 20 anos, pôde participar ativamente num ato eleitoral. Acompanhado pelo pai, que tem o mesmo nome, o jovem bracarense votou pouco depois das 10 horas da manhã.
“Esperava mais gente, achei que haveria fila, mas afinal foi tudo muito prático e muito rápido. Fiquei surpreendido por isso”, explicou ao JN, à saída do pavilhão do Altice Forum, instantes após ter votado pela primeira vez na vida.
Já o pai, de 50 anos, assegura que esperava “menos gente” do que aquela que, por aquela altura, se encontrava no recinto. “Sou menos otimista [do que o filho], sei os níveis de abstenção que existem. Viemos hoje cumprir o nosso dever [de votar], porque na próxima semana vamos estar fora em trabalho”, precisou Luís Vilaça.
O mesmo motivo, uma ausência forçada no dia 10 de março, levou Madalena e José Carvalho, igualmente de Braga, a pedir para votar antecipadamente. “Não era uma opção não vir votar. Temos de participar [nos atos eleitorais], é a nossa parte. Se não votarmos não podemos reclamar”, assegura Madalena.
Estreante na modalidade de voto antecipado, a bracarense deixa elogios à forma como o espaço se encontrava “muito bem organizado”. “À entrada, foi-nos dado um ticket com a indicação da mesa onde nos devíamos dirigir e a posição em que estava o nosso nome na lista, o que facilita muito o trabalho de quem está na mesa de voto”, explica.
Madalena Carvalho admite que, “pela boa experiência” que teve, a modalidade de voto antecipado pode vir a ser uma opção em futuras eleições. “Penso que, em vez de um, poderia até haver dois dias para que as pessoas votassem antecipadamente e se evitassem confusões”, diz.
Além de muitos bracarenses, o JN encontra também cidadãos recenseados noutros distritos, mas que se encontram a trabalhar em Braga, o que levou a pedirem o voto em mobilidade na cidade bracarense. É o caso de Filipa Sousa e André Costa, inscritos na capital.
“Se não houvesse esta possibilidade, teríamos de ir a Lisboa na próxima semana. Era mais inconveniente, mas não deixaríamos de ir, porque há que fazer alguma coisa para mudar o país e para podermos fazer valer os nossos direitos”, garante André.
Por isso, garante, a abstenção não era uma opção. Filipa, que também se estreou a votar de forma antecipada, reitera e corrobora uma ideia que o JN ouvira, minutos antes, da boca de Madalena Carvalho: “Só podemos exigir o que quer que seja se votarmos”.
De acordo com os dados fornecidos ao JN pelo responsável pelo processo eleitoral em Braga, até às 12 horas deste domingo, votaram 985 pessoas, o que representa cerca de 23% dos inscritos.
“Está tudo a decorrer com normalidade, sem problemas e sem filas, uma vez que o espaço é amplo e está preparado para receber muitas pessoas em simultâneo”, sublinhou João Correia. As urnas estão abertas até às 19 horas.