Um mapa com a indicação das zonas mais inseguras para as mulheres andarem sozinhas na cidade acaba de chegar a Madrid, Espanha, depois de já marcar presença noutras cidades mundiais como Nova Deli (Índia), Kampala (Uganda), Lima (Peru) e Sydney (Austrália). Na prática, a ideia é assinalar os locais onde podem sofrer de assédio, seja na forma de simples piropos, comentários obscenos ou mesmo agressões sexuais consumadas.
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No caso da capital espanhola, o projeto, promovido pela ONG A Plan International, reúne mais de 100 histórias de assédio que podem ser lidas na página "Free to be", em que jovens entre 15 e 24 anos desenham no mapa de Madrid uma rede de lugares seguros e inseguros, de acordo com a forma como se sentiram quando estiveram lá ou se algo lhes aconteceu.
Para partilhar os respetivos testemunhos, as mulheres nem precisam de fazer o download de qualquer aplicativo. Basta localizarem no mapa o local onde se sentiram inseguras e deixar um breve comentário sobre o que lhes aconteceu, e sugestões sobre a forma como a segurança nesse ponto da cidade poderia ser melhorada.
No mapa é ainda indicada a hora do dia em que aconteceu algum episódio de assédio, o tipo de lugar (transportes públicos, parque subterrâneo ou rua, ou outro). A descrição serve ainda para indicar se houve algum tipo de discriminação que as levou a sentirem-se desconfortáveis ( como referências a sexo ou religião, por exemplo).
Nos respetivos testemunhos, as mulheres deixam ainda conselhos como evitar andarem sozinhas por esses locais e informarem sempre as autoridades. No mapa, todas as experiências são registadas como anónimas, pelo que dados como idade, sexo, ou ocupação não aparecem.