O movimento Greve Climática Estudantil abriu, anteontem, uma angariação de fundos para pagar a multa e os custos do processo na ordem dos dois mil euros dos quatro ativistas condenados, em dezembro, após ocuparem a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Apesar de insistirem que não concordam com a decisão do tribunal, os jovens decidiram não recorrer da sentença.
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"Estamos descrentes do sistema jurídico, isto é, se já nos criminalizaram uma vez, o que é que nos leva a pensar que com outro juiz seria diferente", explicou, ao JN, Ana Carvalho, uma das ativistas detidas.
Embora pudessem substituir o pagamento em dinheiro por trabalho comunitário, a jovem contou que, aconselhados pelos advogados, decidiram optar por pagar a sentença no total de quase dois mil euros, quando somadas as quatro multas de 295 euros e o custo de 204 euros por cada processo.
Ana Carvalho apontou que o apoio chegou ainda antes de começarem a angariação online. Caso o objetivo seja superado, esperam poder usar o fundo para as ações marcadas para a primavera, pelo que "esta decisão não significa de todo uma paralisação do movimento". Por agora, esperam que a própria solidariedade que estão a receber "se possa converter em mais pessoas que queiram participar" nas ações.