As colunas e a escultura de João Cutileiro do Parque Eduardo VII, em Lisboa, vão ser recuperadas após a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza na primeira semana de agosto. As intervenções serão financiadas através do orçamento municipal, de 35 milhões de euros, destinado a este evento católico. "As colunas e a estátua estão identificadas como sendo [reparações] urgentes. Trata-se de uma requalificação que ficará para a cidade, mas que será feita no âmbito da Jornada", explica a Câmara de Lisboa.
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O monumento em homenagem ao 25 de Abril, assim como as colunas do topo do Parque Eduardo VII, estão deteriorados e o município viu na Jornada da Juventude uma oportunidade para os restaurar. "Quando a Câmara de Lisboa olhou para o Parque Eduardo VII como possível zona de intervenção para a JMJ descobriu que o revestimento das colunas estava degradado, assim como a estátua do Cutileiro, que tem o sistema hidráulico avariado e o cravo partido. O avançado estado de degradação obrigava a uma intervenção o mais cedo possível", refere a Autarquia, que vai montar o segundo altar-palco neste espaço verde da cidade.
A escultura de João Cutileiro, polémica por causa do seu aspeto fálico, "vai ser intervencionada localmente e protegida nas montagens do altar-palco, atrás deste, pois a implantação do palco não exige que seja retirada", como chegou a ser equacionado, avança ainda. O município acrescenta que a família do escultor, que faleceu em 2021, está a acompanhar o processo.
As intervenções estão planeadas para depois do megaevento, uma vez que a prioridade agora é concluir os equipamentos da Jornada da Juventude. "Está a ser feita uma avaliação ao que terá de ser feito [depois da Jornada]. Ainda nada está orçamentado. Será um valor que ficará remanescente, do orçamento municipal, para requalificações que sejam importantes fazer na altura. Poderá também ser requalificado o pavimento", esclarece ainda.
A missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se no palco-altar do Parque Eduardo VII, a 1 de agosto, e será celebrada pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. Para os dias 3 e 4 de agosto está prevista a cerimónia de acolhimento ao Papa Francisco e a Via Sacra.