Consórcios com 874 matriculados na 1.ª fase. Procura subiu 51%, mas número de não colocados disparou. Defendido ajuste da oferta, divulgação do concurso e análise a esta via de acesso.
Pelo terceiro ano consecutivo, o concurso especial de acesso ao Superior para diplomados das vias profissionalizantes deixou quase dois terços das vagas por ocupar. Isto num ano que o número de candidatos subiu 51%. E em que o número de não colocados disparou, respondendo por 69% das candidaturas admitidas a exame. A Comissão Nacional de Acesso (CNAES) defende uma maior divulgação do concurso, um reajustamento da oferta e uma análise à experiência destes anos. Quando todos reconhecem que a única forma de aumentar o número de inscritos no Superior é através dos cursos profissionais. Sabendo-se que apenas 18% dos diplomados prosseguem estudos.
Os dados foram facultados ao JN pelo Conselho Coordenador dos institutos superiores politécnicos (CCISP) e dizem respeito aos três consórcios (Norte, Centro e Sul e Ilhas) que se agruparam para o concurso lançado por Manuel Heitor em 2020. Acrescem a Universidade do Porto (sete vagas, um candidato e nenhum colocado na 1.a fase), o Politécnico de Lisboa (16 vagas, 25 candidatos, 20 admitidos e nove matriculados) e o ISCTE (42 colocados). O JN solicitou dados nacionais à tutela, sem resposta.