Alguns dos 2700 colaboradores que estarão a bordo da viagem em que se realiza a convenção anual da imobiliária quiseram desistir, com receio do Covid-19. Só que não terão direito a reembolso.
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Parte de Lisboa, no próximo domingo, com destino a Tânger e Cádiz, e regressa à capital na quarta-feira seguinte, levando a bordo mais de 2700 colaboradores da Remax que se inscreveram no cruzeiro que serve de convenção anual e de celebração do 20º aniversário da rede imobiliária em Portugal.
A quem quis desistir, devido aos casos recentes de infeção com coronavírus a bordo de navios e também devido ao alastrar do vírus em Portugal, a imobiliária informou que não teriam direito a reembolso. Segundo fontes próximas de colaboradores da Remax, a empresa terá optado por cancelar desde já a viagem intercontinental deste ano, contudo manteve o cruzeiro mediterrânico do próximo domingo.
Em resposta ao JN, a Remax afirma que a viagem não é considerada de risco. " Após consulta com a nossa assessora e responsável pela operacionalização da viagem, Viagens Abreu, a agência de viagens informa que segue minuciosamente as recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Direção Geral de Saúde, aconselhando os seus clientes em não viajar para destinos considerados de risco (a lista de destinos é regularmente atualizada no Portal das Comunidades Portuguesas). Não sendo a viagem considerada de risco, até ao presente momento não existe qualquer recomendação para anulação prévia da viagem por parte da agência de viagens Abreu."
De acordo com a apresentação oficial do cruzeiro, em abril passado, o mesmo decorrerá a bordo da MS Sovereign, operado pela espanhola Pullmantur. Na página de Facebook da companhia de cruzeiros leem-se vários apelos de viajantes que pretendem cancelar ou remarcar viagens nesta altura, como medida de prevenção. São remetidos para a página oficial da empresa sobre o Covid-19.
"Estamos constantemente a monitorizar o desenvolvimento do Covid-19 com o objetivo de ajustar os protocolos de actuação: a segurança dos nossos passageiros e dos membros da tripulação é sempre a nossa máxima prioridade", garante a companhia.
A Pullmantur alerta que recusará o embarque, cancelando o cruzeiro, a todos aqueles que tenham viajado nos últimos 15 dias a partir de ou através da China, Hong Kong, Macau, Itália, Irão e Coreia do Sul, bem como a todos os que tenham contactado com estes viajantes, tenham ou não sido diagnosticados com o vírus. Serão realizados exames médicos antes do embarque a quem se apresentar doente ou com sintomas gripais, que não tenham a certeza se estiveram em contacto com os anteriormente mencionados viajantes e que tenham passado nos últimos 15 dias pelo Japão ou pela Tailândia. Nestes casos, a companhia procederá ao reembolso da viagem e ainda oferece um bónus de 50% se a nova viagem for feita até 31 de dezembro deste ano.
Quanto aos restantes casos, "clientes que queiram cancelar o seu cruzeiro por motivos diferentes dos anteriormente expostos deverão suportar os correspondentes gastos de anulação". Habitualmente, quando faltam menos de 30 dias para a viagem, os gastos de anulação correspondem a 100% do valor pago.
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