Só professores são 1247. Agrupamento de Escolas de Castêlo da Maia com 181 por imunizar. Task force garante que problema será resolvido.
Corpo do artigo
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), identificou, até ao dia desta segunda-feira, 2426 casos de profissionais das escolas - dos quais 1247 docentes - que ainda não receberam a vacina contra a covid-19. Sem contar com os da região Norte. "Quase não nos aparece uma escola onde toda a gente tenha sido vacinada", revelou ao JN o secretário-geral Mário Nogueira.
No Agrupamento Anselmo de Andrade, em Almada, estão sinalizados 130 profissionais por vacinar. No Colégio Militar, Instituto dos Pupilos do Exército, e no 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas do Restelo, em Lisboa, os profissionais encontram-se quase todos na mesma situação.
O responsável adiantou que também está em falta a vacinação dos professores das Atividades Extracurriculares, dos profissionais das cantinas e das empresas de limpeza dos estabelecimentos de ensino.
No Agrupamento de Escolas de Castêlo da Maia, apurou o JN, ainda não foram vacinados 181 profissionais. Praticamente todos docentes, dos 2.º e 3.º ciclos e do secundário, não foram chamados para o segundo fim de semana da vacinação, que ocorreu a 17 e 18 de abril. O que não aconteceu com os colegas do pré-escolar e 1.º ciclo do agrupamento, que foram devidamente convocados para ser vacinados no fim de semana de 27 e 28 de março.
O agrupamento indicou os professores com falta de vacina para a nova lista do Ministério da Educação, enviada esta semana para a task force, e aguarda informações. Na sexta-feira passada ainda não havia relatos de professores nesta situação que tivessem sido contactados.
O JN tem ainda conhecimento de duas professoras de Aveiro, uma de educação especial do 1.º ciclo e outra do pré-escolar, que aguardam pela vacina. Deviam ter sido chamadas no primeiro fim de semana, mas não aconteceu, nem foram incluídas nas listagens do segundo. Apesar dos esforços da escola, continuam sem saber quando vão ser inoculadas.
Agendamento em curso
A task force da vacinação explicou que, após o segundo fim de semana de vacinação, os ministérios da Educação e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social "enviaram novas listagens de docentes e não docentes e profissionais das respostas sociais que cumprem os critérios, mas que não tinham sido considerados nas primeiras listagens".
O agendamento e vacinação destes profissionais, prosseguiu a mesma fonte, encontra-se em curso, estimando-se que este processo decorra nas próximas semanas.v
Tal como o JN noticiou sábado, o coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, revelou que ainda faltam vacinar 45 mil profissionais. Segundo o vice-almirante, a vacinação de professores, não docentes e profissionais de respostas sociais foi "um processo com diferentes fases". No entanto, alguns destes profissionais "não conseguiram entrar" nos dois fins de semana em que decorreram as inoculações. "Estamos permanentemente a recuperar as pessoas, o que dá um trabalho muito elevado", frisou, citado pela Lusa.