Os encontros arrancam esta segunda-feira em Guimarães com autarcas e depois irão incluir bombeiros.
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O ministro da Administração Interna inicia esta segunda-feira um conjunto de reuniões com os municípios para preparar a prevenção de incêndios rurais e debater o uso dos fundos comunitários na área da Proteção Civil. Na quarta-feira, é a vez da secretária de Estado da Proteção Civil começar a reunir-se com as associações humanitárias de bombeiros. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) critica a forma como os encontros estão a ser organizados, sem ouvir as entidades representativas do setor, onde se inclui a Liga e as federações distritais.
A iniciativa "Preparar o verão no inverno" vai durar até março e começa esta segunda-feira com uma reunião de José Luís Carneiro com os autarcas da região Norte, no Teatro Jordão, em Guimarães. Os encontros do ministro com os presidentes de câmara serão agrupados em "sede de Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional" (CCDR), explica a tutela. O objetivo passa por "sensibilizar os municípios para a limpeza das faixas primárias de combustível" e "divulgar as novas linhas de acesso aos fundos europeus em matéria de Proteção Civil".
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Na quarta-feira, e inseridos na mesma iniciativa, começam os encontros de Patrícia Gaspar com as associações humanitárias de bombeiros voluntários e os comandos de corpos de bombeiros das 24 comunidades intermunicipais.
"Estão a juntar tudo"
A organização dos encontros com a secretária de Estado da Proteção Civil não está, porém, a agradar à LBP, que reclama não ter sido convidada ou auscultada para participar nas reuniões, tal como as federações distritais dos bombeiros. "A informação que temos é que é para falar sobre os comandos subregionais de bombeiros e os fundos comunitários". "Se for para planear a época de fogos, é pior, porque estão a juntar tudo na mesma reunião", diz António Nunes.
Não foi possível saber junto do Ministério da Administração Interna se a Liga e as federações distritais de bombeiros serão ouvidas durante a iniciativa. Para o presidente da LBP, a presença das federações nas reuniões seria importante por causa do debate sobre os fundos comunitários. "Muitas das associações humanitárias de bombeiros não têm estrutura administrativa, nem conhecimentos técnicos para se candidatar aos vários programas de apoio que possam vir a existir".