Epidemiologistas defendem que confinamento deve manter a pressão enquanto não baixar drasticamente a incidência e não aumentar a vacinação.
Manuel Carmo Gomes e os epidemiologistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que têm apoiado o Governo defendem que o confinamento geral, incluindo a reabertura de escolas, não deve ser equacionado antes de se atingir a média diária de 3500 a 4000 casos de infeção. O especialista que mais se bateu pelo fecho das escolas alerta: é crucial não se baixar a testagem e aumentar a vacinação, adiando a segunda toma. "Caso contrário, as restrições podem arrastar-se até abril ou arriscamos uma quarta vaga por causa do predomínio da variante do Reino Unido".
"É muito importante não se desconfinar prematuramente", insiste. Os indicadores têm de ser o "farol", diz, admitindo que os valores de segurança podem ser atingidos até final de fevereiro, "se não começarmos com exceções".