Face ao aumento do risco de incêndio, Portugal vai passar a estar, entre os dias 11 e 15 de julho, em situação de contingência.
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A medida foi anunciada ao final da tarde deste sábado pelo ministro da Administração Interna, que, já este sábado, tinha alertado para a "pior conjugação de fatores que há desde Pedrógão Grande", no que diz respeito ao risco de incêndio no país.
"Os ministros da Administração Interna, Defesa Nacional, Ambiente e Alterações Climáticas, Agricultura e Alimentação e da Saúde decidiram avançar com a declaração da situação de contingência, que vigorará entre os dias 11 e 15 de julho. Isto significa que temos condições de cariz preventivo para podermos ativar automaticamente e preventivamente todos os planos de emergência e proteção civil em todos os níveis territoriais", disse José Luís Carneiro.
Segundo o ministro, que falava numa conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, domingo mantém-se a situação de alerta decretada pelo Governo na passada quinta-feira, uma vez que as previsões apontam que os piores dias serão segunda, terça e quarta-feira.
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Ao anúncio da declaração da situação de contingência, seguiu-se a divulgação de uma nota do gabinete do primeiro-ministro a dar conta do cancelamento da visita de António Costa a Moçambique, prevista para segunda e terça-feira, de modo a que o governante possa "estar permanentemente disponível no país".
Previsões desfavoráveis ao combate ao fogo
Também este sábado, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil manifestou preocupação com os incêndios florestais em curso nos distritos de Bragança, Santarém e Leiria, alertando que as previsões meteorológicas para a noite não são favoráveis ao combate às chamas.
"A situação meteorológica expectável para a noite não nos deixa muita margem de manobra. Estamos a falar uma noite com vento com alguma intensidade do quadrante Leste, humidades relativas muito baixas e a temperatura mínima acima dos 25 graus, o que não vai facilitar o combate", alertou André Fernandes, em declarações à comunicação social, cerca das 19 horas, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide.
Segundo o responsável, o país registou, nas últimas 24 horas, um número recorde de 125 incêndios.