Médicos municipais insistem que não há meios para cumprir a lei antiabate de animais. Ordem recusa e prefere incentivos fiscais para os donos.
A Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (Anvetem) defende a eutanásia de animais em centros de recolha oficiais (CROA) quando não são adotados ao fim de 12 ou 18 meses. A decisão deve caber aos médicos veterinários municipais e pode ser a solução para combater a sobrelotação de canis e abrigos legais que leva ao consequente aumento do número de animais em abrigos ilegais, sem condições de alojamento e dignidade. No fim de semana, cerca de 70 animais morreram quando um incêndio atingiu um abrigo ilegal em Santo Tirso. Ontem, o PAN deu entrada no Parlamento de um requerimento para que o autarca local esclareça o que aconteceu.
A Ordem dos Médicos Veterinários diz que o regresso à eutanásia não é solução. Defende apoios para diminuir o número de animais e um estudo sobre as causas como forma de combater o problema desde a raiz. "A eliminação do IVA em atos médicos e nas rações seriam bons incentivos para os detentores de animais de companhia", reclama o bastonário Jorge Cid.