Os gastos do Estado com a TAP não saem da ordem do dia. Depois de se saber que a indemnização a Christine Ourmières-Widener pode chegar a três milhões de euros e que até há um expediente possível para não a pagar, o ministro das Infraestruturas assegurou que o Estado vai cumprir o acordo.
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Podem sair mais três milhões de euros dos cofres públicos da TAP para a CEO Christine Ourmières-Widener. Se os 500 mil euros com que ex-secretária de Estado Alexandra Reis foi brindada na saída da TAP incomodaram muita gente, seis Alexandras Reis incomodarão muito mais.
Como o contrato que prevê a indemnização milionária não foi aprovado em assembleia geral da companhia aérea, está aberta a porta para que os três milhões de euros não sejam pagos. Contudo, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu esta sexta-feira que "o Estado é pessoa de bem" e, como tal, pagará a indemnização se a CEO da TAP cumprir o plano de reestruturação que prevê despedimentos e cortes salariais. Isto, apesar de ser a comissão de vencimentos que decide, salvaguardou.
Enquanto em Lisboa o tema de conversa é a companhia aérea, no Porto é o tráfico de droga e a aparente descoordenação comunicacional entre a PSP e o presidente da Câmara do Porto. Depois de a PSP ter apelado à Câmara do Porto para que criasse novas ruas e mais iluminação no bairro da Pasteleira Nova, o autarca Rui Moreira veio acusar a PSP de, com esse pedido, ter protagonizado uma "operação de cosmética".
Não se sabe quem ganhará o braço de ferro mediático, nem se as medidas pedidas pela PSP vão ser implementadas. Já se sabe, no entanto, que quem perderá são os moradores que amiúde denunciam as degradantes condições de vizinhança em que vivem, onde impera a violência e o tráfico de droga a céu aberto.
Por falar em céu, se vive em Paços de Ferreira, Valongo, Maia e Lisboa, saiba que a qualidade do ar nestes quatro concelhos foi, esta sexta-feira, "mau" ou "fraco". Quem o diz é a Agência Portuguesa do Ambiente, como lhe contamos aqui.
No panorama desportivo, Ronaldo faturou pela primeira vez ao serviço do Al-Nassr. Faturou golos, diga-se, pois o que fatura em dinheiro já está a contar desde o dia em que pôs o primeiro pé na Arábia Saudita. Enquanto isso há outro campeão, mundial e paralímpico, de nome Rafael Neto, que está em risco de ser despejado e ficar sem casa. Ambos estão ou estiveram entre os melhores das suas categorias desportivas, mas a realidade financeira é sofredoramente contrastante.