Miguel Alves, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, terá tido a ilusão de escapar entre os pingos da chuva, depois de ser conhecido o contrato-promessa que celebrou, quando era presidente da Câmara de Caminha, com um misterioso <a href="https://www.jn.pt/nacional/miguel-alves-entendi-que-as-minhas-primeiras-palavras-deviam-ser-junto-da-pgr-15322682.html" target="_blank">"professor doutor"</a>, em torno do projeto de um Centro de Exposições Transfronteiriço. Mas a chuva não deu tréguas. Nesta quinta-feira à tarde, foi noticiado que o Ministério Público <a href="https://www.jn.pt/justica/ministerio-publico-acusa-secretario-de-estado-miguel-alves-de-prevaricacao-15338641.html" target="_blank">acusou Miguel Alves de um crime de prevaricação </a>num processo relacionado com contratos que celebrou enquanto presidente da Câmara Municipal de Caminha e, pouco depois, o próprio <a href="https://www.jn.pt/nacional/secretario-de-estado-miguel-alves-demite-se-15339129.html" target="_blank">demitiu-se do Governo. </a>
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Começamos esta "newsletter" com as notícias da acusação e do breve breve percurso de Miguel Alves no Governo de António Costa, mas poderíamos começá-la com outras, porque tivemos um dia cheio, com muita informação importante do país e do Mundo.
Ainda no cruzamento da justiça com a política, destacamos a do acórdão do Tribunal da Relação do Porto que terá desiludido o Ministério Público e aliviado o autarca Rui Moreira, ao chumbar o recurso do primeiro e confirmar a absolvição do segundo, por crime de prevaricação, no processo Selminho. Ainda na secção Justiça do JN em sentido contrário, atente à condenação a 13 anos de cadeia de um militar da GNR de Fafe, por burlas que vitimaram, maioritariamente, pessoas idosas.
O dia começou agitado, com protestos de estudantes, em escolas e faculdades de Lisboa, para exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar. Na Escola Artística António Arroio, os alunos estiveram sem aulas e prometeram ocupar os espaços de ensino "até vencer", seja lá o que isso for.
Longe da capital, contamos um caso algo insólito da morte de um homem, que a família da vítima considera ter sido resultado de doença súbita, mas onde o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar viu o eventual resultado da falta de assistência atempada devido à greve destes profissionais do INEM.
Na secção Mundo do JN impõem-se duas desilusões: a dos republicanos, nas eleições intercalares nos EUA, e a dos bolsonaristas, nas eleições no Brasil, onde as Forças Armadas concluíram que não houve fraude nas eleições ganhas por Lula da Silva.
Desiludidos não hão de faltar, também, no nosso país do futebol, com as escolhas do selecionador Fernando Santos para o campeonato do mundo a disputar no Catar. Se for o seu caso, relativize.