Menos de 24 horas passaram desde que Lula da Silva foi eleito o novo presidente do Brasil. O ex-metalúrgico e figura do Partido dos Trabalhadores (PT) regressa mais de dez anos depois ao Palácio do Planalto, para voltar a ser o líder da nação brasileira. Esteve preso, assistiu à destituição da colega de partido Dilma Rousseff, viu a derrota de Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro, em 2018, e renasceu das cinzas em 2022. No discurso da vitória, afirmou: "Tentaram enterrar-me vivo". Não é preciso muita reflexão para concluir: haverá um novo Brasil, não necessariamente mais calmo.
Corpo do artigo
Ainda faltam dois meses de liderança a Bolsonaro que, até ao momento, se mantém em silêncio sobre a derrota nas eleições de domingo à noite. Numa entrevista à jornalista Ana Isabel Moura, Miguel Borba de Sá, especialista em política brasileira da Universidade de Coimbra, defende que Lula da Silva "vai estar com a faca no pescoço desde o primeiro dia". Os resultados renhidos (50,9% vs 49,1%) mostram que o país continua dividido e a tensão está de cortar de faca. Se o escrutínio teve um desfecho positivo para muitos brasileiros, para outros não restou mais nada senão a desilusão. Houve quem rezasse e quem bloqueasse estradas. Um país em polvorosa.
Por cá, na justiça, há muito para se colocar a par. O ex-presidente da câmara de Montalegre, Orlando Alves, vai ficar em prisão preventiva por estar indiciado dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio. Foi detido na semana passada no âmbito da operação "Alquimia". O ex-vice-presidente David Teixeira e o chefe de Divisão de Obras Municipais ficam em liberdade, mas terão de pagar elevadas quantias de caução. Saiba o que está em causa na peça do jornalista Reis Pinto.
A 24 de novembro haverá manifestação nacional dos polícias. O protesto foi marcado pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, que defende estar a haver "uma tentativa de branqueamento" dos problemas pelo poder político e pela direção nacional da PSP. Hoje, também os guardas prisionais da cadeia anexa à Polícia Judiciária de Lisboa estão a cumprir um dia de greve. Vários episódios motivaram a paralisação. Entre eles, está a distribuição de pizas por reclusos e as ameaças feitas aos guardas.
A cada semana, há novas informações sobre a subida de preços e o encarecimento dos bens no geral. É verdade que o preço dos combustíveis baixou esta segunda-feira, mas sabe-se hoje que a prestação da casa deverá subir 102 e 234 euros para créditos indexados à Euribor. Nem a área das telecomunicações escapa: a dona da Meo diz que vai aumentar os preços a partir de fevereiro. Há, no entanto, clientes que estão fora desta atualização de valores.
Hoje é noite de Halloween. Se é daqueles que não dispensa publicar uma fotografia ou vídeo da sua vestimenta assustadora nas redes sociais, saiba que hoje poderá ser complicado. O Instagram está com problemas e milhares de utilizadores terão ficado com a conta suspensa. É mais um motivo para aproveitar devidamente a noite das bruxas, sem a pressão de atualizar as redes sociais.
Espere que continue desse lado a acompanhar-nos no nosso site, edição impressa e nas redes sociais.
Boas leituras e bom feriado!