A batalha mais longa e sangrenta da guerra na Ucrânia terá chegado ao fim na semana passada, com os paramilitares do grupo Wagner a reivindicarem a conquista total de Bakhmut. No dia estabelecido como meta para a saída definitiva dos mercenários da cidade, Yevgeny Prigozhin, líder da organização, voltou a lançar graves acusações contra a Rússia. Nada de novo.
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Nos últimos meses, Prigozhin não se tem inibido de expor as fragilidades do Kremlin. Em vídeos partilhados nas redes sociais, foi dando conta da falta de munições, o que terá resultado na perda de milhares de combatentes.
Agora, altura em que supostamente a batalha foi ganha, o chefe dos Wagner escalou a retórica contra os homens fortes do Kremlin, pedindo ao Comité de Investigação e ao Ministério Público da Rússia que analisem possíveis crimes cometidos por funcionários do Ministério da Defesa durante a campanha militar na Ucrânia. Irónico para quem há pouco mais de um mês foi amplamente acusado de ter decapitado e exibido cabeças de prisioneiros de guerra ucranianos. Perigoso para quem, há vários meses, anda a desafiar a paciência de Vladimir Putin.
Da Ucrânia ao Sudão, o cenário de conflito não diverge. Os confrontos entre o Exército do país e as Forças de Apoio Rápido já duram há mais de um mês e os relatos atrozes não param de chegar. Enquanto as fações prolongam a luta pelo poder, cerca de 60 crianças perderam a vida num orfanato.
Um vídeo gravado por trabalhadores da instituição mostra os corpos de crianças enrolados em lençóis brancos à espera de serem enterrados, depois de não terem conseguido resistir a semanas sem acesso a comida e a medicamentos. O Mundo continua de olhos postos na Ucrânia, mas notícias como esta servem para lembrar que há outros lugares no planeta onde também emergem gritos de socorro.
Por cá, mais do mesmo. O assunto TAP continua a despertar interesse mediático. Chegou, finalmente, o dia de Alexandra Reis devolver o valor indicado pela transportadora relativo à indemnização recebida. São 266.412,76 euros que tardaram, mas voltaram para os cofres da TAP.
Apesar da telenovela que envolve a companhia aérea ensombrar o Governo de António Costa, Fernando Medina, ministro das Finanças, trouxe a público revelações que podem ser observadas como um balão de oxigénio para um Executivo tão massacrado por polémicas: o Estado registou um excedente de 962 milhões de euros até abril, em contabilidade pública, uma melhoria de 1657 milhões de euros face ao mesmo período de 2022. Conheça a perspetiva do jornalista Pedro Araújo, editor-executivo-adjunto do JN, sobre os indicadores económicos e perceba a influência que estes poderão ter na carteira dos portugueses.
Como a vida não se resume a pagar contas contas e a fazer ginástica orçamental, informe-se sobre o programa de animação das festas de S. João, no Porto. Música não vai faltar, e o melhor é que não precisa de pagar para participar no bailarico.
Boas leituras!