Cristiano Ronaldo subiu aos céus das Arábias, esta terça-feira, mas é bom recordar que Ícaro também se deslumbrou com o sol. Voou lá tão perto que as asas derreteram e caiu.
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No mesmo dia em que os professores ameaçam acampar junto ao Ministério da Educação se até dia 10 o ministro da Educação não convocar nova reunião e não abandonar a intenção de parte dos docentes serem colocados por diretores, Cristiano Ronaldo subiu ao palco da Arábia Saudita. A estrela do futebol garante que está entusiasmada com o novo desafio e diz não lhe interessar "o que as pessoas pensam". Ícaro, figura da mitologia grega, também ignorou os conselhos do pai.
O atleta, que leva a família consigo para o novo desafio, parece esquecer-se para onde viajou. Apesar dos avanços, a Arábia Saudita é considerado um dos países mais conservadores do mundo e as restrições e regras apertadas para as mulheres ainda são uma realidade. É lá que Cristiano Ronaldo vai viver com a família, onde há cinco crianças e a mais velha (Cristianinho) tem 12 anos.
E falando em países conservadores, a Polónia também parece estar a querer fazer parte da lista. Tanto que o primeiro-ministro daquele país, Mateusz Morawiecki, manifestou-se hoje favorável à reintrodução da pena de morte para delitos mais graves. Estará o sol a provocar danos assim tão graves?
No Porto, pelo menos, não. Esta terça-feira estreou o programa do jornalista e historiador do Porto, Germano Silva. É "O Porto do Germano", onde pode ficar a conhecer os mais escondidos e curiosos episódios que marcaram a personalidade da cidade até hoje.
E por falar em Porto, por cá o dia ficou marcado pela derrocada na Avenida Gustavo Eiffel. Um deslizamento de terras na escarpa das Fontainhas atingiu parte de um hotel, cujo edifício ficou interdito. Nenhum dos hóspedes ficou ferido, mas os que estavam num dos 46 aparthotéis do prédio, foram realojados. A circulação na avenida vai permanecer cortada até terminarem os trabalhos de reparação e consolidação da escarpa.
Em Lisboa, parece, por outro lado, que o sol ajudou. O primeiro-ministro admite que as verbas inicialmente distribuídas para os municípios no âmbito da descentralização são insuficientes. Por isso, o envelope financeiro aumenta 62 milhões de euros.
Para Luísa Salgueiro, presidente da Associação Nacional de Municípios, este foi "um dia feliz". Espero que, para si, também.
Boas leituras e bom ano!